sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Habitação Coletiva de Interesse Social


As respostas às desigualdades sociais num plano de habitação social vão além da moradia em si. Para se oferecer dignidade e qualidade de vida à população de baixa renda é preciso priorizar o acesso à cidade e à vida no espaço urbano, num contexto de cidadania como a educação, lazer, saúde, trabalho além da moradia.
Assim como elemento definidor deste projeto, utiliza-se a relação integrada dos espaços públicos e privado. Segundo Jovchelovitch esta é “uma relação de natureza dialética. (...) É na relação entre o que é comum e o que é particular, entre o que é aberto e o que é subtraído, o que é distribuído e o que não é, que os dois espaços se constituem como domínios distintos (...)”

A localização do terreno (Campinas,Goiânia,Goiás) escolhido é propícia a essa integração, uma vez que em seu entorno imediato estão localizados dois equipamentos urbanos, uma escola pública de educação básica e um Centro Popular de Abastecimento e Lazer (Cepal). Assim o conjunto habitacional espaço se torne uma extensão da área do Cepal, com intenção de lazer e convivência. Esse espaço funcionaria como a transição do privado (área das habitações) e o público (pertencente não só aos moradores do conjunto como também aos moradores do bairro inserido). Aberto ao uso de todos, a apropriação deste espaço, em diálogo com o urbano representa a socialização da comunidade a que os indivíduos pertencem. Tem o papel de representar o acesso e o uso do território e de abrigar a socialização por meio de relações de encontro ou pré estabelecidas. Essa integração com o urbano será priorizada também pelas escolhas projetuais no próprio conjunto habitacional .
Propões-se então um conjunto habitacional composto por 4 blocos com 32 apartamentos cada, contendo unidades de 1,2,3 quartos e unidades acessíveis. O projeto inclue um posto de saúde e uma creche (no  local onde hoje é ocupado pelo Cepal, que é subutilizado), assim também integrado com o conjunto tem-se áreas de convívio e lazer, horta coletiva, espaços de jardins e vegetações e uma praça seca onde propõe-se a relocação da feira que acontece atualmente no Cepal.
A preocupação principal do projeto foi proporcionar ambientes internos confortáveis, assim também como ambientes externos onde os moradores se identifiquem com seu espaço de morar, tenham convivência com os vizinhos e espaços flexíveis onde possam realizar suas atividades cotidianas e ocasiões especiais, priorizando assim os locais de passeio e áreas ajardinadas.

             
 
           
Projeto de Juliana de Freitas e Laís Midori apresentado a disciplina de Projeto IV do Curso de Arquitetura e Urbanismo- UFG.

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